Agradecemos a presença de todos no Subúrbio em transe do dia 26/04/2008. A diretora do documentário "Margem" Maya Da-Rin esteve presente juntamente com o Diretor de Fotografia, a Montadora e a Produtora do filme. Acima as fotos. As próximas sessões do Subúrbio em transe serão no dia 10/05/2008 no Papo de esquina com o documentário "Alma Suburbana", no dia 11/05/2008 na Lona Cultural com curtas diversos e no dia 31/05/2008 no na Casarti com a exibição do filme "Nzinga".
domingo, 27 de abril de 2008
Margem
Agradecemos a presença de todos no Subúrbio em transe do dia 26/04/2008. A diretora do documentário "Margem" Maya Da-Rin esteve presente juntamente com o Diretor de Fotografia, a Montadora e a Produtora do filme. Acima as fotos. As próximas sessões do Subúrbio em transe serão no dia 10/05/2008 no Papo de esquina com o documentário "Alma Suburbana", no dia 11/05/2008 na Lona Cultural com curtas diversos e no dia 31/05/2008 no na Casarti com a exibição do filme "Nzinga".
quinta-feira, 24 de abril de 2008
Reflexão quanto a receptividade do público (abril de 2008)
Alma Suburbana, minha primeira reflexão escrita. Digo escrita porque a todo momento que estudo cinema ou revejo o filme me vem novas idéias e teses sobre ele. Minha motivação foi a exibição do último dia 17 na Lona Cultural de Vista Alegre em que mais de 350 pessoas entre professores, estudantes e moradores suburbanos assistiram ao filme.
É claro que não vou criticar ou explicar, isso não é trabalho meu, um dos principais envolvidos com a práxis da obra. Me detenho a analisá-la, tanto dentro como fora da grande tela, porque uma obra cinematográfica só é realmente uma obra quando provoca reação no espectador, se não, é apenas filme e o espectador sai da sala sem nada acrescentado ou a acrescentar nele, e o filme se perde e é dinheiro gasto à toa, como muitos vistos por aí.
O porquê de eu ter dito que na última exibição “professores, estudantes e moradores suburbanos assistiram ao filme” foi um gancho para lhes expor como uma exibição com 350 espectadores que aplaudiram no início e no final do filme converge com as duas exibições feitas numa Universidade respeitável em que dos 20 espectadores que iniciaram cada exibição apenas 8 à 10 assistiram até o final.
Agora, por que na Lona Cultural, um lugar desconfortável, feito para shows e teatro, numa tela pequena de sala de aula, as pessoas gostaram mais que numa sala de cinema de 170 assentos e refrigerada? Por que na Lona Cultural, subúrbio do Rio, onde as pessoas são aparentemente mais pobres, e que são consideradas pelas elites como “a massa” se divertiram e compreenderam o filme e os tais universitários, o futuro intelectual desse país, não compreenderam, ou não se deram o trabalho de ir assistir e assistí-lo por completo?
Existem vários motivos, culturais, sociais, psicológicas... Mas existem dois que eu considero principais e mais evidentes para essa diferença. A primeira é ideológica, conceitual e temática do filme, é a identificação por parte dos suburbanos com o que é mostrado na tela. Quando um personagem diz o que é ser suburbano, o sorriso rapidamente se segue de uma breve reflexão e uma associação com a sua realidade. O samba, a cadeira na calçada, o churrasco, a pelada de fim de semana, o rock da juventude, tudo isso (e mais um pouco) constitui o subúrbio e os diferentes suburbanos, aqueles que não são massa e sim, indivíduos. Isso não acontece com o outro público que não vive essa realidade, que vê todos como um bando de Nanooks, desprezando a forma e rejeitando o conteúdo.
A segunda da qual tinha dito é de âmbito técnico e estético. Não deveria, mas isso explica o porquê de não ter sido do gosto aparentemente apurado daquele público na universidade. Pode não parecer para eles, mas a equipe teve total consciência (e não controle como gostamos de dizer) sobre o filme. O Alma Suburbana é uma obra aberta, que fala do início ao fim e mesmo depois de desligado o projetor. Uma obra livre do academicismo estético-narrativo. O principal alvo de críticas e do que eu mais gosto é a montagem, quando desprezamos o academicismo nós optamos por uma montagem de fragmentação de discursos aparentemente caótica, com muitos cortes secos, perceptíveis devido a impossibilidade de melhor captação sonora, mas que todos esses fragmentos sequem um fio condutor, que não o clássico: tantos minutos para a apresentação, mais tantos de desenvolvimento e conclusão que é de costume e que aprendemos muito bem no curso de cinema.
Outra de suas críticas são a falta de técnica, que aqui se confunde com tecnologia. A utilização de duas câmeras caseiras (que não tem um anel de diafragma), um microfone de mão (sem espuma para minimizar o efeito do vento), e eventualmente um refletor aberto de 1Kw, foram os principais motivos. E eu como diretor de fotografia em nenhum momento poderia culpar os alunos da oficina de audiovisual que participaram do projeto e também pegaram na câmera de ter feito um mau trabalho, porque não foi esse o caso. A questão toda está no fato de dar mais mérito a técnica que ao cinema, cinema não é técnica, não existe técnica. Nas palavras de Glauber Rocha “O cinema não é técnica ou tipos de produção: a questão é sempre de quem o faz, de homens e mulheres”. Não nego os problemas técnicos do filme, sei que eles existem, e são muitos, mas é isso que o enriquece, porque o torna mais suburbano, onde o amor, vida, centenas de problemas que nos entristecem e mais centenas que nos fazem felizes.
Antes de concluir devo frisar que esta analise não foi unânime, dentre a exibição na universidade houve pessoas que gostam e na Lona Cultural muitas pessoas o rejeitaram e saíram muito antes do final. Não há como discutir certas opiniões pessoais, é gosto e acabou. A Alma Suburbana existe, e o Alma Suburbana está para quem quiser ver, um filme de idéias e identidades, feito pelo esforço. De suburbano para suburbano.
Ass.
Leonardo Oliveira
É claro que não vou criticar ou explicar, isso não é trabalho meu, um dos principais envolvidos com a práxis da obra. Me detenho a analisá-la, tanto dentro como fora da grande tela, porque uma obra cinematográfica só é realmente uma obra quando provoca reação no espectador, se não, é apenas filme e o espectador sai da sala sem nada acrescentado ou a acrescentar nele, e o filme se perde e é dinheiro gasto à toa, como muitos vistos por aí.
O porquê de eu ter dito que na última exibição “professores, estudantes e moradores suburbanos assistiram ao filme” foi um gancho para lhes expor como uma exibição com 350 espectadores que aplaudiram no início e no final do filme converge com as duas exibições feitas numa Universidade respeitável em que dos 20 espectadores que iniciaram cada exibição apenas 8 à 10 assistiram até o final.
Agora, por que na Lona Cultural, um lugar desconfortável, feito para shows e teatro, numa tela pequena de sala de aula, as pessoas gostaram mais que numa sala de cinema de 170 assentos e refrigerada? Por que na Lona Cultural, subúrbio do Rio, onde as pessoas são aparentemente mais pobres, e que são consideradas pelas elites como “a massa” se divertiram e compreenderam o filme e os tais universitários, o futuro intelectual desse país, não compreenderam, ou não se deram o trabalho de ir assistir e assistí-lo por completo?
Existem vários motivos, culturais, sociais, psicológicas... Mas existem dois que eu considero principais e mais evidentes para essa diferença. A primeira é ideológica, conceitual e temática do filme, é a identificação por parte dos suburbanos com o que é mostrado na tela. Quando um personagem diz o que é ser suburbano, o sorriso rapidamente se segue de uma breve reflexão e uma associação com a sua realidade. O samba, a cadeira na calçada, o churrasco, a pelada de fim de semana, o rock da juventude, tudo isso (e mais um pouco) constitui o subúrbio e os diferentes suburbanos, aqueles que não são massa e sim, indivíduos. Isso não acontece com o outro público que não vive essa realidade, que vê todos como um bando de Nanooks, desprezando a forma e rejeitando o conteúdo.
A segunda da qual tinha dito é de âmbito técnico e estético. Não deveria, mas isso explica o porquê de não ter sido do gosto aparentemente apurado daquele público na universidade. Pode não parecer para eles, mas a equipe teve total consciência (e não controle como gostamos de dizer) sobre o filme. O Alma Suburbana é uma obra aberta, que fala do início ao fim e mesmo depois de desligado o projetor. Uma obra livre do academicismo estético-narrativo. O principal alvo de críticas e do que eu mais gosto é a montagem, quando desprezamos o academicismo nós optamos por uma montagem de fragmentação de discursos aparentemente caótica, com muitos cortes secos, perceptíveis devido a impossibilidade de melhor captação sonora, mas que todos esses fragmentos sequem um fio condutor, que não o clássico: tantos minutos para a apresentação, mais tantos de desenvolvimento e conclusão que é de costume e que aprendemos muito bem no curso de cinema.
Outra de suas críticas são a falta de técnica, que aqui se confunde com tecnologia. A utilização de duas câmeras caseiras (que não tem um anel de diafragma), um microfone de mão (sem espuma para minimizar o efeito do vento), e eventualmente um refletor aberto de 1Kw, foram os principais motivos. E eu como diretor de fotografia em nenhum momento poderia culpar os alunos da oficina de audiovisual que participaram do projeto e também pegaram na câmera de ter feito um mau trabalho, porque não foi esse o caso. A questão toda está no fato de dar mais mérito a técnica que ao cinema, cinema não é técnica, não existe técnica. Nas palavras de Glauber Rocha “O cinema não é técnica ou tipos de produção: a questão é sempre de quem o faz, de homens e mulheres”. Não nego os problemas técnicos do filme, sei que eles existem, e são muitos, mas é isso que o enriquece, porque o torna mais suburbano, onde o amor, vida, centenas de problemas que nos entristecem e mais centenas que nos fazem felizes.
Antes de concluir devo frisar que esta analise não foi unânime, dentre a exibição na universidade houve pessoas que gostam e na Lona Cultural muitas pessoas o rejeitaram e saíram muito antes do final. Não há como discutir certas opiniões pessoais, é gosto e acabou. A Alma Suburbana existe, e o Alma Suburbana está para quem quiser ver, um filme de idéias e identidades, feito pelo esforço. De suburbano para suburbano.
Ass.
Leonardo Oliveira
sexta-feira, 18 de abril de 2008
Alma Suburbana na Lona: Até o morcego participa
Segundo o Xamanismo, o morcego representa a iniciação, ou seja, pode-se dizer renovação, recomeço, enfim. Talvez esse tenha sido o sentido da visita dele à exibição do Alma Suburbana na Lona, como se a partir disso o filme ganhe uma nova perspectiva.
Teorias à parte, vale o destaque para a Lona João Bosco, onde o público interagiu com o filme e principalmente com o morcego. Com fila na entrada e arquibancadas lotadas, a presença dos espectadores mostra algo que os suburbanos já sabem, mas ainda é ignorado por outros: Há sim interesse por cultura, seja qual for o conteúdo: música, teatro, cinema, enfim. E a Lona está aí para mostrar isso a todos. Quem (não) quiser ver, verá do mesmo jeito, porque chegou a hora dos suburbanos mostrarem o seu valor.
Teorias à parte, vale o destaque para a Lona João Bosco, onde o público interagiu com o filme e principalmente com o morcego. Com fila na entrada e arquibancadas lotadas, a presença dos espectadores mostra algo que os suburbanos já sabem, mas ainda é ignorado por outros: Há sim interesse por cultura, seja qual for o conteúdo: música, teatro, cinema, enfim. E a Lona está aí para mostrar isso a todos. Quem (não) quiser ver, verá do mesmo jeito, porque chegou a hora dos suburbanos mostrarem o seu valor.
Por ora é só.
Até a próxima,
Joana D'arc
quinta-feira, 17 de abril de 2008
Alma Suburbana na Lona
A exibição do documentário Alma Suburbana atraiu um público de 358 pessoas. Dentre as quais se destacou um morcego, que chamou atenção de todos e foi embora. Os espectadores continuaram assistindo o filme. Agradecemos a todos pela participação.
Luiz Claudio.
terça-feira, 15 de abril de 2008
Alma Suburbana na Lona
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Próximas exibições: 17 de abril e 10 de maio
Oi gente, anotem ai a agenda do filme.
Abril
Dia 17 (quinta) às 19h na Lona de Vista Alegre: Av.São Félix,601. www.lonajoaobosco.com.br
Maio
(Nova data no bar Papo de Esquina)
Dia 10 (sábado) às 18h no Bar Papo de Esquina: na esquina das rua Antonio Esterino c/ a rua da justiça, Vila da Penha.
Por ora é só,
Até a próxima.
Joana D'arc
Abril
Dia 17 (quinta) às 19h na Lona de Vista Alegre: Av.São Félix,601. www.lonajoaobosco.com.br
Maio
(Nova data no bar Papo de Esquina)
Dia 10 (sábado) às 18h no Bar Papo de Esquina: na esquina das rua Antonio Esterino c/ a rua da justiça, Vila da Penha.
Por ora é só,
Até a próxima.
Joana D'arc
quinta-feira, 3 de abril de 2008
Matéria sobre o Alma Suburbana na revista Guerrilha Aberta
Olá pessoas, e ai tudo certo?
Vejam só a materia que saiu na revista Guerrilha Aberta, do jornalista Vinícius Longo.
http://guerrilhaaberta.blogspot.com/2008/03/documentrio-alma-suburbana-retrata.html
Por ora, é só.
Até a próxima!
Joana D'arc
Vejam só a materia que saiu na revista Guerrilha Aberta, do jornalista Vinícius Longo.
http://guerrilhaaberta.blogspot.com/2008/03/documentrio-alma-suburbana-retrata.html
Por ora, é só.
Até a próxima!
Joana D'arc
quarta-feira, 2 de abril de 2008
Adiamento da exibição no Papo de Esquina que seria sábado dia 05
Oi gente, olha só a exibição do proximo sábado (05/04) no Bar Papo de Esquina foi cancelada.
A previsão de nova data é em abril ou maio. Avisaremos em breve.
Anotem ai, portanto a próxima exibição será:
Dia 17/04 (quinta feira)
Hora: 19h
Local: Lona Cultural João Bosco, em Vista Alegre: Avenida São Félix,601. Tel: (21) 2482-4316
www.lonajoaobosco.com.br
Por ora é só,
Até a próxima.
Joana D'arc
A previsão de nova data é em abril ou maio. Avisaremos em breve.
Anotem ai, portanto a próxima exibição será:
Dia 17/04 (quinta feira)
Hora: 19h
Local: Lona Cultural João Bosco, em Vista Alegre: Avenida São Félix,601. Tel: (21) 2482-4316
www.lonajoaobosco.com.br
Por ora é só,
Até a próxima.
Joana D'arc
terça-feira, 1 de abril de 2008
Cineclube Subúrbio em Transe
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