quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Cinema: só se sabe quando se faz

Sabe aquela frase que diz: " a gente só sabe sobre algo quando é com a gente", pois é, é assim que me sinto. Vou explicar melhor, há quem fale mal do cinema nacional, argumentando (muitas vezes sem justificar) que é mal feito e etc. OK! A liberdade de expressão é essencial. Respeito e incentivo (nem poderia ser diferente, afinal lido com ela, como jornalista).

Enfim, mas o foco é : sempre curti o nosso cinema, embora nem sempre consiga ver os filmes que quero, mas não fazia idéia do quão dificil e gratificante é fazer um filme por ter sido mera "espectadora-palpiteira" até hoje.

Ai, com o Alma Suburbana tudo mudou! Primeiramente, por ter podido experimentar a sensação de fazer cinema e me deparar com circunstancias, termos, fatos que até então me haviam passado despercebidos ou me eram desconhecidos. Alma é a minha primeira aventura no cinema.

Segundo, porque pude ver e sentir que apesar das dificuldades é muito gratificante ver uma idéia/um roteiro concretizada (o) exibida(o) na tela; notar a reação do público; ter a sensação de dever cumprido, no sentido de "caramba, conseguimos!"

E ai eu, e de repente mais alguns, acabo comparando um filme a um filho, pois em cinema há todo um processo de pré-produção e produção que "corresponderiam" ao planejamento e gravidez, já a pós-produção: a parte de exibir, divulgar, etc, "corresponderia" ao nascimento e criação do filho. Ambos são feitos para o mundo - não sou mãe, mas conheço várias- e nunca se sabe que rumos vão seguir.

Foi somente depois de todo esse processo do Alma que tive idéia do que é fazer cinema e bato palma para quem consegue produzir e exibir um filme no Brasil hoje, encarando todas as dificuldades que encontra, e ai me refiro principalmente aos indepentes. Pois, se fazer cinema com apoio, patrocinio já é dificil; imagine sem, como foi o caso do Alma.

Claro que não é isso que faz um filme ser bom, mas o fato de ter sido feito e de ter crítica- seja ela ou positiva- por parte de quem o viu, é um enorme mérito. Seja ele independente ou não.

Palmas para o cinema nacional. Ele merece!!!

Por ora é só,
Até a próxima!
Joana D'arc

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